Por Maria dos Anjos Mesquita Hellmeister, presidente do SindeBeleza
Neste 24 de julho, Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha, é impossível não olhar para a nossa categoria com ainda mais respeito e admiração. Somos um sindicato formado, em sua maioria, por mulheres. E muitas dessas mulheres são negras, moradoras da periferia, chefes de família, que enfrentam os desafios de uma sociedade ainda marcada pelo racismo, pelo machismo e pela desigualdade social.
Elas são manicures, depiladoras, cabeleireiras, designers de sobrancelha, auxiliares de estética, auxiliares de limpeza e tantas outras profissionais da beleza. Mulheres que, com suas mãos, seu olhar e seu cuidado, transformam vidas todos os dias. E, ao mesmo tempo, seguem lutando para que suas próprias vidas sejam respeitadas, valorizadas e protegidas.
É por isso que o SindeBeleza não se limita à defesa dos direitos trabalhistas. Nossa missão é também social, cultural e política. É garantir voz para essas mulheres, fortalecer sua autoestima, promover formação, acolhimento e consciência de classe. O nosso sindicato é um espaço de resistência, feito por e para mulheres que merecem reconhecimento, e não invisibilidade.
Neste 24 de julho, fazemos mais do que uma homenagem. Renovamos nosso compromisso com cada mulher da nossa base. Seguiremos firmes na luta por condições dignas de trabalho, combate ao assédio, igualdade de oportunidades, segurança nos ambientes profissionais e valorização da beleza em toda sua diversidade.
E é por isso que o SindeBeleza existe: para que essas mulheres sejam vistas, ouvidas e respeitadas — todos os dias.